BRASIL E A ABERTURA DS MERCADOS, O
BRASIL E A ABERTURA DS MERCADOS, O
- EditoraEDITORA CONTRAPONTO
- Modelo: CO10495
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R$ 36,00
R$ 45,00
Clareza, simplicidade e profundidade são as características que desde logo se destacam neste livro. Rara combinação, principalmente quando se trata de um texto relacionado à economia. Publicado pela primeira vez, em edição não comercial, pela Associação Brasileira de Estudos do Trabalho, o primoroso trabalho de Ivan da Costa Marques ganha agora um formato adequado para incorporar-se definitivamente às atividades docentes e ao debate nacional.
O esforço de síntese realizado pelo autor começa por identificar os processos de longo prazo que comandaram o desenvolvimento das economias modernas. Entre eles, destaca-se o incremento das atividades com a informação, que na segunda metade do século XX passam a preponderar cada vez mais sobre as atividades diretamente voltadas para as transformações da matéria. Isso cria uma nova divisão do trabalho, em que se destacam a capacidade de inovar, a flexibilidade e o processamento de informação em larga escala. Modificam-se, assim, as condições em que capital e trabalho se enfrentam, bem como o lugar que empresas, regiões e nações ocupam na hierarquia do sistema-mundo.
Esse novo contexto traz grandes desafios para países como o Brasil, que experimentaram vigorosos ciclos de industrialização no século XX, sem, no entanto, superar sua condição periférica. Como se sabe, os setores modernos do nosso sistema produtivo permanecem dominados por empresas multinacionais, que concentram nas matrizes ? ou, às vezes, em filiais situadas em países desenvolvidos ? as atividades demandantes de trabalho qualificado. Ivan da Costa Marques chama a atenção "para o perigo que o Brasil corre na criação de oportunidades de trabalho e na promoção de aumentos reais de salários se prosseguir inserindo-se na globalização sem definir uma estratégia voltada para a geração local de concepções, projetos, planos e marcas". Neste caso, restarão para nós menos empregos, e empregos piores.
Ivan demonstra que o conceito tradicional de investimento econômico é insuficiente para lidar com essas novas questões. Propõe um novo conceito ? investidura informacional ?, que permite relacionar os investimentos, de um lado, e a qualidade e quantidade de oportunidades de trabalho a ele associadas, de outro. Assim, a tecnologia deixa de ser considerada um insumo qualquer, a ser adquirido a preços de mercado. Tratada como fonte da capacidade de adicionar valor, a questão de sua origem torna-se extremamente relevante.
Em um mundo que se integra cada vez mais, a chave de uma estratégia correta, diz o autor, é garantir que a força de trabalho brasileira entre em competição direta com a força de trabalho dos países desenvolvidos, ou seja, que as duas forças de trabalho se insiram, com as mesmas atribuições, em mercados de produtos concorrentes. Eis aí um desafio colocado a governos, empresários e organizações representativas de trabalhadores que queiram debater um novo projeto nacional.
Ivan da Costa Marques é formado em engenharia eletrônica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica e em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas. Tem mestrado e doutorado em engenharia elétrica e ciências da computação pela Universidade da Califórnia. Foi diretor-presidente da Empresa Brasileira de Computadores e Sistemas e da Cobra Computadores. É professor do Núcleo de Computação Eletrônica da Coppe-UFRJ.
O esforço de síntese realizado pelo autor começa por identificar os processos de longo prazo que comandaram o desenvolvimento das economias modernas. Entre eles, destaca-se o incremento das atividades com a informação, que na segunda metade do século XX passam a preponderar cada vez mais sobre as atividades diretamente voltadas para as transformações da matéria. Isso cria uma nova divisão do trabalho, em que se destacam a capacidade de inovar, a flexibilidade e o processamento de informação em larga escala. Modificam-se, assim, as condições em que capital e trabalho se enfrentam, bem como o lugar que empresas, regiões e nações ocupam na hierarquia do sistema-mundo.
Esse novo contexto traz grandes desafios para países como o Brasil, que experimentaram vigorosos ciclos de industrialização no século XX, sem, no entanto, superar sua condição periférica. Como se sabe, os setores modernos do nosso sistema produtivo permanecem dominados por empresas multinacionais, que concentram nas matrizes ? ou, às vezes, em filiais situadas em países desenvolvidos ? as atividades demandantes de trabalho qualificado. Ivan da Costa Marques chama a atenção "para o perigo que o Brasil corre na criação de oportunidades de trabalho e na promoção de aumentos reais de salários se prosseguir inserindo-se na globalização sem definir uma estratégia voltada para a geração local de concepções, projetos, planos e marcas". Neste caso, restarão para nós menos empregos, e empregos piores.
Ivan demonstra que o conceito tradicional de investimento econômico é insuficiente para lidar com essas novas questões. Propõe um novo conceito ? investidura informacional ?, que permite relacionar os investimentos, de um lado, e a qualidade e quantidade de oportunidades de trabalho a ele associadas, de outro. Assim, a tecnologia deixa de ser considerada um insumo qualquer, a ser adquirido a preços de mercado. Tratada como fonte da capacidade de adicionar valor, a questão de sua origem torna-se extremamente relevante.
Em um mundo que se integra cada vez mais, a chave de uma estratégia correta, diz o autor, é garantir que a força de trabalho brasileira entre em competição direta com a força de trabalho dos países desenvolvidos, ou seja, que as duas forças de trabalho se insiram, com as mesmas atribuições, em mercados de produtos concorrentes. Eis aí um desafio colocado a governos, empresários e organizações representativas de trabalhadores que queiram debater um novo projeto nacional.
Ivan da Costa Marques é formado em engenharia eletrônica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica e em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas. Tem mestrado e doutorado em engenharia elétrica e ciências da computação pela Universidade da Califórnia. Foi diretor-presidente da Empresa Brasileira de Computadores e Sistemas e da Cobra Computadores. É professor do Núcleo de Computação Eletrônica da Coppe-UFRJ.
Características | |
Autor | Ivan da Costa Marques |
Biografia | Clareza, simplicidade e profundidade são as características que desde logo se destacam neste livro. Rara combinação, principalmente quando se trata de um texto relacionado à economia. Publicado pela primeira vez, em edição não comercial, pela Associação Brasileira de Estudos do Trabalho, o primoroso trabalho de Ivan da Costa Marques ganha agora um formato adequado para incorporar-se definitivamente às atividades docentes e ao debate nacional. O esforço de síntese realizado pelo autor começa por identificar os processos de longo prazo que comandaram o desenvolvimento das economias modernas. Entre eles, destaca-se o incremento das atividades com a informação, que na segunda metade do século XX passam a preponderar cada vez mais sobre as atividades diretamente voltadas para as transformações da matéria. Isso cria uma nova divisão do trabalho, em que se destacam a capacidade de inovar, a flexibilidade e o processamento de informação em larga escala. Modificam-se, assim, as condições em que capital e trabalho se enfrentam, bem como o lugar que empresas, regiões e nações ocupam na hierarquia do sistema-mundo. Esse novo contexto traz grandes desafios para países como o Brasil, que experimentaram vigorosos ciclos de industrialização no século XX, sem, no entanto, superar sua condição periférica. Como se sabe, os setores modernos do nosso sistema produtivo permanecem dominados por empresas multinacionais, que concentram nas matrizes ? ou, às vezes, em filiais situadas em países desenvolvidos ? as atividades demandantes de trabalho qualificado. Ivan da Costa Marques chama a atenção "para o perigo que o Brasil corre na criação de oportunidades de trabalho e na promoção de aumentos reais de salários se prosseguir inserindo-se na globalização sem definir uma estratégia voltada para a geração local de concepções, projetos, planos e marcas". Neste caso, restarão para nós menos empregos, e empregos piores. Ivan demonstra que o conceito tradicional de investimento econômico é insuficiente para lidar com essas novas questões. Propõe um novo conceito ? investidura informacional ?, que permite relacionar os investimentos, de um lado, e a qualidade e quantidade de oportunidades de trabalho a ele associadas, de outro. Assim, a tecnologia deixa de ser considerada um insumo qualquer, a ser adquirido a preços de mercado. Tratada como fonte da capacidade de adicionar valor, a questão de sua origem torna-se extremamente relevante. Em um mundo que se integra cada vez mais, a chave de uma estratégia correta, diz o autor, é garantir que a força de trabalho brasileira entre em competição direta com a força de trabalho dos países desenvolvidos, ou seja, que as duas forças de trabalho se insiram, com as mesmas atribuições, em mercados de produtos concorrentes. Eis aí um desafio colocado a governos, empresários e organizações representativas de trabalhadores que queiram debater um novo projeto nacional. Ivan da Costa Marques é formado em engenharia eletrônica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica e em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas. Tem mestrado e doutorado em engenharia elétrica e ciências da computação pela Universidade da Califórnia. Foi diretor-presidente da Empresa Brasileira de Computadores e Sistemas e da Cobra Computadores. É professor do Núcleo de Computação Eletrônica da Coppe-UFRJ. |
Comprimento | 21 |
Edição | 1 |
Editora | EDITORA CONTRAPONTO |
ISBN | 9788585910495 |
Largura | 14 |
Páginas | 104 |